O EGO DO MÉDIUM
- Flavio Santana de paula
- 4 de set.
- 1 min de leitura
Que atire a primeira pedra o médium que nunca foi além da sua entidade.
Superestimamos a incorporação dos nossos ancestrais transformando - muitas vezes - uma simples incorporação em show. E digo isso por experiência própria. Já quis que minha entidades viessem da forma mais bonita, dançassem mais, tivessem os adereços mais bonitos, etc. Mas e o axé? E a realidade daquela entidade?
Quando ocorre a incorporação, junto com isso, somos tomados pelo ego do "super poder" que a incorporação traz. É natural. Ocorre com todos. O que não pode ocorrer é que médiuns mais experientes, com mais conexão com suas entidades, com seus estudos em dia, deixem o ego dominar. O médium sábio, sabe até onde vai sua entidade e sabe quando ele "passa na frente" deliberadamente, seja para chamar atenção, seja para se sentir importante.
Suas entidades não querem a saia mais cara, não querem o chapéu mais rebuscado, a bengala mais rica. Eles não precisam de absolutamente NADA além de você para trabalhar. Além do seu corpo físico para que seja o receptáculo das mensagens. Experimente não utilizar nenhum acessório quando estiver incorporado. Experimente não se utilizar de guias. Suas entidades trabalharão tão bem quanto trabalhariam cheia de pompa.
Os terreiros de hoje em dia precisam começar a trabalhar a parte da vaidade de seus médiuns, não permitindo que o ego "suba para a cabeça". A incorporação sincera é muito mais bonita pois não há nada mais bonito do que um axé humilde e poderoso.
Texto: Roberta Franciscati



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